Eficácia e segurança da estimulação do gânglio da raiz dorsal como tratamento da dor neuropática: revisão bibliográfica.
OBJETIVO: A estimulação do gânglio da raiz dorsal (EGRD) recebeu a sua primeira aprovação regulamentar (marcação CE na Europa) em finais de 2011, o que significa que está a ser utilizada há sensivelmente seis anos. Já foram tratados vários milhares de pacientes e recentemente foi publicado um ensaio histórico sobre a sua utilização em pacientes com Síndrome Doloroso Regional Complexo (SDRC) do tipo I e II.
MÉTODOS: Nesta revisão resumimos a literatura existente até à data sobre a utilização de GRD no tratamento da dor neuropática.
RESULTADOS: Os resultados até ao momento são alentadores, com relatórios de utilização com sucesso no tratamento de uma ampla gama de indicações que incluem dor pós-cirúrgica, SDRC e dor fantasma. O tratamento da síndrome da cirurgia lombar falhada (FBSS) parece ser menos satisfatório. A terapia ainda é recente e os resultados a longo prazo ainda não estão disponíveis. Atualmente há boas evidências de ensaios clínicos aleatórios (ECA) que demonstram que a EGRD proporciona um alívio da dor superior à estimulação medular (EM) em pacientes com SDRC tipo I ou II das extremidades inferiores, e origina uma estimulação com maior estabilidade postural e cobertura mais precisa da parestesia. No entanto, faltam testes que comprovem esta qualidade para outras indicações e localizações da dor.
CONCLUSÃO: Atualmente há evidências que ECA Classe A de que a EGRD proporciona um alívio da dor superior à EM para SDRC tipos I e II nas extremidades inferiores. Nos próximos anos esperamos que os ensaios controlados aleatórios se realizem por indicação, o que, juntamente com a publicação de dados de seguimento a mais longo prazo, permitirá uma compreensão mais completa do papel dos GRD no tratamento das síndromes de dor neuropática.
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